Dá pra entender, mas seria bacana compartilhar. Com nossa ideia de País e a cultura do latifúndio no inconsciente coletivo, sempre precisamos de mais espaço: de privacidade, de respiro, de conforto, de sei lá mais o que. Em contraponto, nos lugares onde a terra é pouca e toda ocupada, compartilhar com estranhos a mesma mesa no bar ou restaurante não parece invadir a zona de segurança de ninguém.

Aqui, um flagrante na área de alimentação que une três mercados de rua, em Covent Garden. Parte dessa gente é amiga, conversando entre si; parte nunca tinha se visto antes, mas nem por isso estranha compartilhar a mesma mesa para um descanso, lanchinho ou uma cerveja.

O contraponto? Domingo, em Londrina, fiquei 40 minutos esperando mesa num restaurante. Todas as mesas ocupadas, mas com muitas cadeiras vazias. E as mesas calculadamente distantes umas das outras, garantindo a privacidade que tanto prezamos.

Impossível comparar culturas diversas. Mas, que seria bacana conjugar mais a fundo o verbo compartilhar seria.

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