As mulheres. Podem ser assunto entre homens, mas também são o assunto preferencial entre nós. Mesmo dentro da Burberry, a marca inglesa que inventou o tecido em gabardine, em 1880, e ostenta, até hoje, seu trenchcoat como objeto de desejo feminino. Entre outros tantos itens de luxo por todo lado, OMD…
Ok. As mulheres. Vistas pelo olhar competente de Clarissa, carioca da gema, casada com inglês, 3 anos e meio de Londres, quase isso na Burberry da King Street, onde faz carreira promissora e recebe mulheres de boa parte do mundo. Depois de alguns dias entre as inglesas, resolvi conferir com ela minhas impressões e dúvidas. Gostei do que ouvi.
As inglesas, em princípio, são contra a cirurgia plástica como elixir de juventude e sedução. Clarissa ilustra essa diferença com as brasileiras, contando que suas amigas cariocas todas passaram por algum tipo de cirurgia estética ou implante de silicone, inclusive ela. (Como este é um assunto escancarado por aqui, num primeiro dia de aulas de fotografia, perguntei quem tinha silicone. Sem constrangimento, a maioria das garotas levantou as mãos rs).
Um botoxizinho é admitido, desde que não exagerado. Quando entra pela loja alguma mulher visivelmente “esticada”, a equipe se entreolha, com estranheza (nós aqui também, né?!).
Fiquei impressionada como as mulheres, em Londres, adotam um visual discreto no dia a dia. Com poucas cores e quase nada de acessórios, não rebolam, também não empinam o nariz, mas andam elegantes, a maioria lembra Audrey Hepburn, a belga radicada na Inglaterra e eleita, em 2009, a atriz mais bonita de Hollywood. A genética parece contribuir, sem excessos de seios, quadris ou bumbuns, ou seja, um tipo físico que nós, mulheres, idealizamos. Sim, porque homens, bem, homens parecem gostar das mulheres de propaganda de cerveja rs (ok, justiça seja feita, a brasileira tem corpo invejado, cantado em verso e prosa, um poder hipnótico rs).
As inglesas. Pouca maquiagem. E pouco consumo! O olhar é atento sobre o caro e o barato, sem preconceito, em busca do bom design, com qualidade e durável. Clarissa afirma que sim! Ela, que voltaria a morar no Brasil “se as coisas funcionassem” (então não volta), diz que mesmo com o custo de vida alto em Londres, “não é preciso gastar com luxo”, pra ostentar ou aparentar um determinado estilo de vida. A londrina considera a peruíce muito brega (nós aqui também, né?!).
Claro que estou generalizando tudo. Há algumas extravagantes e exageradas, há as hipsters, concentradas hoje no leste da cidade, as muçulmanas com as cabeças encobertas, indianas coloridas em figurinos de seu país… São só minhas impressões gerais sobre uma breve estada. E as de Clarissa, uma graça, com seu narizinho empinado, no bom sentido (na face), não no comportamento.
Lina Menezes
adorei as impressões. e agora não sei se quero ‘ser’ tipo londrina ou continuar parisiense… bjs
reginamenezes
😉