Arte14 O que quer dizer

A pergunta é comum, diante de um quadro que não reproduz o mundo real.

Parece difícil, mas a resposta pode estar em quem o vê.

Não domino a linguagem da ópera, mas ela é capaz de me emocionar, sugerir lembranças, sensações… Posso gostar de uma e não de outra, mas a cada contato minha experiência de vida é enriquecida.

Por analogia, ao ver uma obra de arte, pode-se não conhecer os códigos dessa linguagem: mesmo assim, há um encontro, a fruição entre a manifestação sensível do artista, ali exposta, e a compreensão de quem está diante dela.

Ao vê-la, o espectador a ressignifica a seu modo: através de sua experiência de vida, sua vivência cultural.

E quanto mais se pratica a cultura (frequentando espetáculos, conhecendo formas artísticas e seus artistas, visitando galerias, museus, teatros), mais rico fica o repertório pessoal e mais respostas se tem.

Ou, quanto maior o conhecimento adquirido, melhor é a compreensão da produção estética e cultural através dos tempos.

Minha obra: Allure Royale, 120cm x 120cm, pintura em tela com moldura, vendida, coleção particular

WHAT DOES IT MEAN?

A common question is, before a painting that doesn’t replicate the real world.

It seems difficult, but the answer may be in the beholder.

I’m not mastered in the language of opera, but it’s able to thrill me suggest memories, sensations … I can like one and not the other, but at each contact my experience of life is enriched.

By analogy, to see an artwork, one can’t know the codes of this language: even so, there’s a fruition between the enjoyment sensible manifestation of the artist, there exposed, and the understanding of who is in front of it.

Seeing it, the spectator reframes its own way: through his life experience, his cultural experience.

And the more you practice the culture (attending shows, knowing art forms and artists, visiting galleries, museums, theaters), the repertoire becomes richer and more personal answers one has.

Or, the greater the knowledge gained, the better the understanding of the aesthetic and cultural production through the ages.

My work: Allure Royale, 120cm x 120cm, painting on canvas with frame, sold, private collection

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6 comentários

  1. Augusto Menezes

    Texto tão elegante.
    Suave e elucidativo, explicativo até.
    Mas a Tela? Porque causa minha atenção?
    Creio que eu chegaria a encontrar minha explicação, minha emoção.
    Tá certo, eu concordo que foi bem mais fácil.
    Cada um se descobre no que vê, essa é a magia da arte.
    Se gosto poderia até dizer que é como faria.
    Não, não faria.
    Além de suar história da arte pelos poros, é preciso ter emoções múltiplas e intermináveis, onde temos uma só. Tá bem, talvez duas.
    E ai enchem de alegria nossos olhos, e emoção os nossos corações.
    Mas sabe, ainda me impressiono quando me deparo com o dom da palavra e do pincel, numa só artista.
    Mesmo tendo convivido quase minha vida toda ao lado dela.
    Parabéns Regina.

    • Paula Bambino

      Augusto Menezes, sem palavras, absolutamente derretida e emocionada com estas suas palavras, seu afeto e sua sensibilidade, eu te amo!

  2. Alessandra Pajolla

    Eu brinco que museus são os meus parque de diversões nos lugares que visito. E a comparação com a ópera é perfeita, não entendo o suficiente de arte, mas estou sempre aberta ás emoções que ela provoca. A mesma comparação a gente pode fazer com a literatura contemporânea, menos descritiva, com menos conexão imediata com a realidade e por isso mesmo, perturbadora. E aí entra o valor estético, mas ele é tão subjetivo não? Belo texto, bela reflexão….Vou virar cativa por aqui….

  3. Se está em quem o vê …O que vejo são muitas de mim e todas muito diferentes em mim… Assim, mistura do não do sim e do não sei! Beijos! Amei, lindo!