Adoooro sopa. Meu pai detestava. A coisa chegava a tal ponto que ele concordava com sopa em casa se alguém estivesse doente. E se fosse de fubá, despejada ainda fumegante no prato, pra que cozinhasse a gema que ele punha no centro.

Essa ele tomava com gosto, solidário ao doente (fosse ele mesmo, um dos 4 filhos ou mami). Era muito legal fazer o barulhinho coletivo: ssruh, ssruh… até que o doente limpasse o prato.

Eu chegava a desejar que alguém pegasse um resfriado forte. Eu mesma vivia tentando convencer mami Marina de que tinha sintomas preocupantes e me sentia mal, era só o tempo esfriar…

Já o marido Lu, de quando ele se lembra até o começo da adolescência, tomou sopa toda noite, mesmo com 30oC lá fora. Até que suas súplicas foram atendidas e os pais adotaram o lanche noturno sem sopa, pelo menos no verão.

Somadas nossas experiências atípicas, somos um casal louco por sopa (eu um pouco mais).

Quando o clima favorece, eu lembro:

– Ô Luuu…

– Já sei… sopa!

O bom da sopa soborô é que ela não precisa ser planejada com antecedência, basta fazer como a avó japonesa de um amigo do meu filho Dan:

– Dan, sopa? Bom, é “soborô do aromoço”…

Adoro sopa.

Receita: o Lu refogou cebola, alho, juntou tomate picado, água fervente temperada com caldo de galinha, cozinhou nela o macarrão e cubos de batatinha e, ao final, juntou um refogado com sobras do almoço (bife de alcatra picado e berinjela cozida). Acertou o sal e a pimenta do reino e serviu com cebolinha fresca picada. Ps.: adoooro sopa!

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